Mercado Imobiliário Imóveis vendem-se cada vez mais rápido em Guimarães 16 set 2022 min de leitura Tempo de Absorção de um imóvel usado no concelho de Guimarães é inferior à média do distrito de Braga. De 2014 até ao presente, as casas vendem-se em metade do tempo. O tempo de vida de um imóvel no mercado é cada vez mais curto. Segundo o Real Estate Market Insights, relatório de mercado elaborado pela dipe imobiliária, com base nos dados divulgados pela plataforma SIR do Confidencial Imobiliário, no último ano, um imóvel demorou, em média, seis meses a ser vendido no concelho de Guimarães. “Durante o último período de crise económica, verificámos uma clara estagnação na promoção imobiliária. Após a saída da crise, Portugal registou um crescimento económico acima da média da União Europeia durante quatro anos consecutivos, o que levou a que a procura por habitação tivesse um crescimento exponencial, não correspondido pela oferta existente no mercado, aumentando assim a pressão sobre os imóveis usados. Aliado a estes fatores, acrescer a implementação de políticas que facilitaram o acesso ao crédito, como taxas de juro reduzidas e uma Euribor historicamente baixa”, refere Diogo Baptista Antunes, CEO da dipe. Ao longo dos últimos anos o Tempo de Absorção, ou seja, o período temporal entre a colocação do imóvel à venda e a celebração do Contrato de Promessa Compra e Venda (CPCV), tem vindo a encurtar de uma forma consistente. Em 2014, um imóvel demorava cerca de 15 meses a ser comercializado, enquanto em 2016, ou seja, apenas dois anos depois, o valor já se fixava nos 11 meses. Hoje, esse valor fixa-se nos seis meses, ou seja, menos de metade do valor registado há oito anos. Se olharmos para o distrito de Braga, percebemos que a média do Tempo de Absorção no último ano sobe ligeiramente, para os sete meses, apesar de, no concelho bracarense, a média (5 meses) ser ligeiramente inferior à registada em Guimarães. Já a média do território nacional fixa-se precisamente nos seis meses. Para Diogo Antunes, o Tempo de Absorção registado em Guimarães poderá sofrer “um ligeiro aumento”, uma vez que “segundo dados que constam no nosso relatório, apesar de Guimarães ser o 14º mais populoso do país, é um dos que regista maior número de projetos em pipeline. É expectável que o aumento da oferta de imóveis novos no mercado, aliado às novas políticas monetárias e à elevada inflação registada, venha reduzir a pressão atualmente existente sobre os usados”. O Tempo de Absorção dos imóveis no concelho de Guimarães é um dos dados analisados na primeira edição do Real Estate Market Insights, o relatório de mercado produzido pela dipe imobiliária que será oficialmente lançado no dia 3 de outubro. Mercado Imobiliário Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado